Profissional retratou a cidade em dois momentos: na época da construção e nos anos 2000
com informações DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Parte importante do acervo do fotógrafo Thomaz Farkas esteve aberta à visitação de turistas e do público brasiliense, no Salão Branco do Palácio do Buriti. Instalada em 9 de novembro, a exposição incluiu obras relacionadas a Brasília em dois períodos: de 1958 a 1960 e no ano 2000.
O governador Rodrigo Rollemberg visitou a mostra, em companhia da esposa e colaboradora do governo Márcia Rollemberg. O ato foi prestigiado também pelos embaixadores da Hungria, Norbert Konkoly, da Croácia, Zeljko Vukossav, da Eslovênia, Alain Briand.
O primeiro recorte se refere à época que vai da construção até a inauguração da cidade. O segundo é uma releitura dos primeiros registros, quando Farkas foi convidado por um veículo de comunicação a percorrer novamente os lugares fotografados décadas antes.
O artista, de origem húngara e naturalizado brasileiro, centrou seu trabalho sobre a capital do Brasil sob a ótica da relação das pessoas com o espaço. O olhar é diferenciado dos registros oficiais, focados na arquitetura monumental dos prédios. Pelo trabalho, ficou conhecido como o fotógrafo de Brasília.
34 milImagens do acervo de Thomaz Farkas, sob a guarda e preservação do Instituto Moreira Salles, no Rio
A exposição também comemorou a Revolução Húngara, que ocorreu em 1956. O movimento foi um levante popular contra as políticas impostas pela República Popular da Hungria e pela União Soviética.
O artista nasceu em Budapeste, na Hungria, em 1924. Aos seis anos de idade, chegou ao Brasil. Aqui, teve atuação intensa no cenário cultural. Foi dono da Fotoptica, negócio que herdou do pai, e sócio do Foto Cine Clube Bandeirante, centro de debate sobre fotografia, em São Paulo.
Na década de 1940, dedicado ao registro da capital paulista, ele mostrou o acelerado processo de modernização pelo qual a cidade passava. Posteriormente, dedicou-se à fotografia de pessoas, a exemplo da série sobre Brasília.
Thomaz Farkas morreu em 2011, aos 86 anos. Mediante acordo de parceria, o Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, assumiu a guarda e a preservação do acervo do profissional, composto por mais de 34 mil imagens.
EDIÇÃO: VANNILDO MENDES
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