O evento, realizado em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, foi promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania em parceria com o Escritório de Assuntos Internacionais, e teve a presença de especialistas e lideranças brasileiras e latino-americanas da área.
A live aconteceu na quarta-feira (29), às 15h, no canal do Youtube do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI). Foram discutidos os impactos da pandemia na atuação das mulheres negras e as participantes contaram sobre experiências pesoais na causa. O evento teve como mote o Dia Internacional das Mulheres Negras Latino-americanas e Caribenhas, prestando homenagem especial às Filhas de Tereza de Benguela, líder quilombola do séc. XVIII.
Com mediação de Edcleide Honório, Coordenadora de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais do DF, o webinar contou com a presença de Roseli Faria – Presidente da Associação de Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor), Ana Luísa Coelho Moreira – Psicóloga, Doutoranda em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília e Integrante da Articulação Nacional de Psicólogas/os e Pesquisadoras/es Negras/os (ANPSINEP-DF), Deise Benedito – Especialista em Relações Étnico Raciais, Segurança Pública e Sistema Prisional, Mestre em Direito e Criminologia pela UnB, Monica Carrillo (Peru) – fundadora e ex-diretora do Centro de Estudos e Promoção Afro-peruanos LUNDU, Lourdes Diaz (Paraguai) – Coordenadora do Projeto Experimenta Kamba Cua do Centro Cultural Juan de Salazar e Miriam Victoria Gomes (Argentina) – representante da Sociedade Cabo-Verdiana de Buenos Aires, da Associação Todos com Mandela e da rede de mulheres afro-latino-americanas, afro-caribenhas e da diáspora.
A programação se iniciou com uma mensagem da Secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, e em seguida ocorreu o debate e o espaço foi aberto às perguntas dos espectadores. Para a psicóloga Ana Luísa Coelho, “As políticas públicas precisam urgentemente incorporar as especificidades da saúde da mulher negra na agenda pública. Geralmente a mulher negra é mencionada apenas nos altos índices de violência doméstica, entretanto questões como a saúde sexual e reprodutiva, a sobrecarga em decorrência da divisão sexual do trabalho e os efeitos nefastos do racismo na saúde mental ainda requerem o avanço nas discussões”, afirmou .
Segundo Lourdes Diaz, do Paraguai, “Atualmente, temos ações afirmativas por parte do governo, como a formação da mesa técnica com representantes de organizações afro-paraguaias, para a construção do Projeto de Lei de afrodescendentes para que políticas públicas sejam criadas, especialmente para as mulheres afro-paraguaias que são o grupo mais vulnerável e subvalorizado; no entanto, na pandemia, são essas mulheres afro que organizam atividades para aliviar o impacto do Covid, como refeições comunitárias e assistência no uso da tecnologia para ingressar nos programas de subsídio do Paraguai”, afirma.
A promoção dessa iniciativa vai ao encontro da Agenda 2030 da ONU, que engloba 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O Webinar Internacional pelo Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha engloba os ODS 3 (saúde e bem estar), 5 (igualdade de gênero), 8 (trabalho decente e crescimento econômico), 10 (redução das desigualdades) e 17 (parcerias e meios de implementação).
A live está disponível na íntegra aqui no canal do EAI no Youtube.
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