Com o apoio do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF), representantes diplomáticos da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) entregaram 300 cestas básicas ao Instituto Doando Vida por Rafa e Clara, em Brasília (DF). A cerimônia foi realizada nesta segunda-feira (23), às 10h, na sede do Instituto.
A iniciativa celebra o 54º aniversário da ASEAN, grupo atualmente representado no Brasil pelas embaixadas da Indonésia, Malásia, das Filipinas, de Myanmar, Tailândia, Singapura e Vietnã. A ASEAN promove a cooperação intergovernamental e facilita a integração econômica, política, de segurança, militar, educacional e sociocultural entre seus membros e outros países asiáticos.
Para a chefe do EAI, Renata Zuquim, a cooperação internacional é um dos atos mais importantes neste momento de pandemia. “Precisamos cuidar das nossas crianças e dessas famílias que tanto precisam de apoio para seguirem em frente. Por isso, parabenizo a Asean pela iniciativa e o Instituto Doando Vida, que desenvolve diariamente esse trabalho incrível”, afirma Zuquim, representando o GDF.
Na ocasião, o presidente da Asean e embaixador da Indonésia, Edi Yusup, lembra que a doação marca o 54º aniversário do grupo. “Desde a sua fundação em 1967, a ASEAN não é apenas uma promotora ativa da estabilidade e do desenvolvimento na região, mas prova estar ativamente engajada na promoção da solidariedade entre as pessoas e nações do globo. O evento de hoje reflete esse engajamento”, comemora.
A fundadora do Instituto, Luciana Studart Andrade, também celebra o recebimento das cestas. “Nós que estamos aqui no Instituto Doando Vida, cuidando de crianças muito carentes, só temos a agradecer. Porque receber alimentos e poder alimentar milhares de famílias que passam fome nessa pandemia, para nós, é uma benção. E isso só é possível graças a ajuda de outros”, enfatiza.
Foto: Elianne Loin
O Instituto
O Instituto Doando Vida por Rafa e Clara foi criado em 2018 com o objetivo de saciar a fome de crianças que sofrem com a pobreza no DF. A organização foi idealizada e é mantida pelos pais, familiares e amigos de Rafaela Andrade (26) e de sua filha Clara (2), vítimas fatais de um acidente de carro no Canadá, em 2013.
Rafaela era nutricionista e sonhava em acabar com a fome em Brasília. Hoje sua família se dedica a tornar esse sonho real e cuida de cerca de 66 crianças diariamente, das 7h às 17h. Além disso, desde o início da pandemia, o Instituto Doando Vida mantém um cadastro de 800 famílias, o que representa aproximadamente 4 mil pessoas atingidas pelo trabalho. O local onde elas moram possui o menor índice de desenvolvimento humano do DF.
Luciana, mãe de Rafaela, diz que esse trabalho é a ressignificação de sua vida e da vida de sua família. “É também a ressignificação de um sonho que não poderia morrer com a morte da Rafaela e da Clara, tinha que continuar. Isso faz com que elas permaneçam vivas conosco. Não estamos doando vida só aos outros, mas a nós mesmos”, conta.
Para conhecer mais sobre o trabalho da instituição, visite o site https://www.institutodoandovida.org.br ou acesse o perfil @institutodoandovida no Instagram. Quem desejar apoiar a instituição pode se tornar um padrinho ou madrinha. “Pode ser com depósitos de 10, 20, 30 reais. Não exigimos valor, apenas o compromisso de que isso seja feito durante 13 meses”, explica Luciana.
Além do EAI e das embaixadas de países pertencentes à ASEAN, o evento contou com a presença de representantes da Subchefia de Políticas Sociais e Primeira Infância do GDF e do diretor do Departamento do Sul da Ásia e Sudeste Asiático do Itamaraty, Roberto Goidanich.
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