Cerca de 93% das pessoas diagnosticadas com o HIV e em tratamento em Brasília apresentam níveis indetectáveis do vírus
GUILHERME PERA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
O Distrito Federal atingiu uma das metas mundiais para o tratamento da aids. Na capital do País, 93% da população diagnosticada com HIV e em tratamento apresentam níveis indetectáveis do vírus. O objetivo era atingir os 90% até 2020, porcentual estipulado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), por meio da Declaração de Paris. O governador Rodrigo Rollemberg assinou o documento em 2015.
Esse número consta do Boletim Epidemiológico de HIV e Aids de 2016, apresentado pelo presidente Rafael Franzini na última reunião do grupo de trabalho Unaids no ano — o documento estara disponível no site da Secretaria de Saúde. O encontro no Palácio do Buriti em 28 de novembro integra a semana de atividades dedicadas à luta contra a doença do governo de Brasília. O Dia Mundial de Luta contra a Aids é celebrado em 1º de dezembro.
O levantamento apresenta informações e análises no período de 2010 a 2015. Os números indicam ainda redução de 11% no número de mortes decorrentes de aids de 2014 para 2015. De acordo com dados do Ministério da Saúde, são 18 mil pessoas no DF diagnosticadas com HIV, das quais 11 mil têm acompanhamento pela rede pública. Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras, Samambaia, Asa Norte e Lago Norte são as regiões administrativas mais afetadas. Em 2016, 242 novos casos de HIV foram notificados.
11 milPessoas diagnosticadas com o vírus da aids no DF que têm acompanhamento médico na rede pública de saúde
Compareceram à reunião os secretários de Saúde, Humberto Fonseca, e o do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gutemberg Gomes, para reforçar o trabalho transversal da administração pública. “É um combate mundial, feito para erradicar a epidemia da aids até 2030, e o DF faz parte dele”, ressaltou Fonseca. “Abrigamos os direitos humanos em nossa secretaria, portanto é nosso papel tratar o lado social da doença”, observou Gomes.
A Declaração de Paris é o documento que formaliza a mobilização de esforços para findar a epidemia da aids até 2030. Para isso, foram estabelecidas as metas 90-90-90 até 2020. Ou seja, ter 90% das pessoas infectadas com o HIV diagnosticadas. Destas, 90% devem estar em tratamento, das quais 90% devem apresentar níveis indetectáveis do vírus.
Apesar dos 93% na terceira meta, falta ao DF melhorar o diagnóstico para alcançar as outras duas. Daí a importância do grupo de trabalho que se encontrou pela última vez em 2016 nesta segunda-feira (28). Além de representantes do governo de Brasília, a equipe conta com integrantes do Ministério da Saúde e da Organização das Nações Unidas, por meio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e do Unaids.
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